9.11.05
Fogo de Pentecostes
Quem és tu, luz que me enches
e que iluminas
as trevas do meu coração?
Tu me guias
como a mão de uma mãe,
e se tu me largas,
não poderei mais dar um só passo.
Tu é o espaço
que envolve meu ser
e o abriga em seu seio.
Abandonado por ti
ele desapareceria
nos abismos do nada,
de onde Tu o tiraste para
elevá-lo ao ser.
Tu, mais próximo de mim
do que eu de mim mesmo
e mais íntimo
que o âmago de minha alma,
e, entretanto, inatingível e inefável,
fazendo brilhar todos os nomes:
Espírito Santo - Amor eterno...
És tu
o canto do amor
e do santo respeito
que ressoa eternamente
em redor do trono de Deus,
que nele une
o canto puro dos seres?
A harmonia
que une os membros à cabeça,
é nela que cada um descobre com êxtase
o sentido íntimo do seu ser
e cheio de alegria derrama-se
nas tuas ondas,
Espirito Santo - Eterna alegria...
(Edith Stein - Pentecostes, 1942)
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